DAS COXILHAS SERRANAS:


DAS COXILHAS SERRANAS

Notícias do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação (PPGE)
Mestrado Acadêmico em Educação
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) - Lages - Santa Catarina - Brasil

Para conhecer a UNIPLAC, acesse: www.uniplac.net

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mais rigor no controle do ensino superior

A Câmara Federal já está analisando o Projeto de Lei 4372/12, do Executivo, que cria uma autarquia específica para avaliar e supervisionar os cursos de graduação e as instituições públicas e privadas de ensino superior existentes no Brasil. O novo órgão será responsável também pela certificação das entidades beneficentes (filantrópicas) que atuam na área de educação superior e básica. Se aprovado pelo Congresso, o futuro INSAES  (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) será vinculado ao MEC (Ministério da Educação) e assumirá uma tarefa que hoje é do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) - a autarquia responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Conforme os argumentos do governo, a criação do INSAES deve-se à necessidade de reestruturar o MEC para que sejam cumpridas metas de ampliação do acesso ao ensino superior e da qualidade das faculdades, previstas no novo PNE (Plano Nacional de Educação), em análise no Senado. Em atendimento ao plano, o Decreto 7.480/11 criou a SERES (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior), a fim de promover a qualidade do ensino superior por meio da regulação e da supervisão de instituições. Na opinião dos ministros, no entanto, mesmo com a SERES, há a necessidade de alterar a estrutura do MEC para obter efetividade nas ações.

A integração das atividades no Insaes justifica-se não apenas pela otimização de recursos e integração de processos, mas também porque a avaliação institucional externa constitui referencial para a autorização, o reconhecimento e a renovação dos cursos de graduação e o credenciamento de instituições. Entre outras atribuições, o Insaes poderá autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento de cursos de graduação e sequenciais. Poderá também decretar intervenção em instituições de educação superior.

Como sanção aos infratores da lei, o Insaes poderá desativar cursos, reduzir o número de vagas, suspender a autonomia ou descredenciar instituições. Depois de avaliadas, as faculdades poderão receber advertência ou multas de R$ 5 mil a R$ 500 mil.

Atualmente, o MEC é responsável pela regulação e supervisão de 2,7 mil instituições de educação superior e por quase 41 mil cursos de graduação. A cada ano, são realizadas cerca de 7 mil avaliações in loco. Pelas regras em vigor, a avaliação é realizada por um grupo de consultores previamente designados que verificam as condições de ensino, principalmente as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica. Com o Insaes, espera-se que as equipes de avaliação tenham pelo menos um servidor efetivo como coordenador. O grupo continuará a contar com a participação de professores especialistas por área de conhecimento. A ideia é ampliar o processo de avaliação, a partir de critérios que incluam, por exemplo, resultados insatisfatórios no Enade e o atendimento à porcentagem mínima de mestres e doutores em universidades e centros universitários.


Nenhum comentário:

Postar um comentário