DAS COXILHAS SERRANAS:


DAS COXILHAS SERRANAS

Notícias do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação (PPGE)
Mestrado Acadêmico em Educação
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) - Lages - Santa Catarina - Brasil

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

FALTA DE TECNOLOGIA AFASTA ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO

Uma Escola em que as disciplinas não fazem sentido, com Professores que faltam muito e um projeto pedagógico que não contempla o uso da tecnologia. Essa é a visão que os jovens de 15 a 19 anos, oriundos de áreas pobres, têm do Ensino médio, indica pesquisa inédita da Fundação Victor Civita (FVC).
A questão da tecnologia é um dos principais achados. Mais de 80% dos jovens pobres declararam utilizar a internet para estudar. Enquanto isso, em menos de 50% das Escolas eles têm acesso ao recurso. O dado, somado ao despreparo dos Professores com o suporte, faz com que haja um descontentamento dos jovens em permanecer num ambiente classificado por eles como "atrasado”.
O Ensino médio é considerado a fase com os maiores desafios. Cerca de 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos já abandonaram os bancos escolares. Para diretora da FVC, Angela Danemann, a pesquisa explica o alto índice de evasão dessa etapa."OAluno vai embora por que não vê sentido em estar ali. A Escola não responde à sua aspiração, não usa os suportes que ele tem familiaridade.”
Dentre as características do Professor categorizado como" ruim” aparece o fato de ele utilizar apenas a apostila e fazer os Alunos copiarem. "O relacionamento do Professor com a tecnologia é ruim. Isso se traduz na dificuldade de incorporar ao cotidiano Escolar o uso de novas tecnologias”, explica o coordenador da pesquisa, Haroldo da Gama Torres, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. A fala de um dos entrevistados, de 17 anos, ilustra bem a situação: "A Professora de artes queria passar um desenho, um quadro, mas não sabia como. Eu disse que ela podia postar no Facebook para todo mundo baixar e fazer a lição. Ela não sabia o que era Facebook”.

E eu com isso?

O estudo aponta outro problema: a falta de conexão do conteúdo com a realidade do estudante. Para os entrevistados, só português e matemática têm utilidade, e é significativa a proporção daqueles que declaram que a principal razão para frequentarem a Escola é conseguir um diploma: 20%."Os jovens têm interesse no trabalhar. Em São Paulo, 16 anos é a idade com que acham que se deve começar a trabalhar.
Será que o Ensino médio,do jeito em que está, interessa a esse público? A formação precisa ser diversificada,com modelos diferentes para projetos de vida distintos”, diz Torres. Antes mesmo do abandono, o baixo apelo da Escola tem outro reflexo. Não raro a "zoeira ”possui, em muitas situações, posição primordial. Segundo o estudo, 77% dizem que a zoeira e a bagunça são comuns.

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